Automação de armazéns

Nestes tempos dominados por computadores, a palavra “infraestrutura” pode levar as pessoas a pensarem tanto em infraestrutura física, na qual estamos nos concentrando aqui, como também em infraestrutura digital.

Permanecendo na dimensão digital por um momento, se você estiver planejando estabelecer um armazém, provavelmente precisará, em primeiro lugar, configurar sua infraestrutura de dados.

Uma rede de área local, (Local Area Network, ou LAN), cobre seu armazém e as vizinhanças imediatas, enquanto que a rede a longa distância cobre instalações em vários locais e as conecta à matriz, que pode estar em um lugar totalmente separado.

Um armazém LAN ou com rede de área ampla (Wide Area Network, ou WAN) requer dispositivos móveis para maximizar sua eficácia. Esses dispositivos − que podem variar de escaneamento portátil especializado e dispositivos de computação a smartphones e tablets − são frequentemente usados em armazéns para leitura de código de barras, verificação de estoque e uma variedade de coisas.

Cada vez mais, os gerentes de armazéns estão equipando suas equipes com óculos inteligentes que integram a realidade aumentada (AR), para que possam simplesmente olhar para caixas e itens e ter os dados relevantes exibidos nas lentes.

Apesar de tudo o que foi dito, o que queremos dizer com infraestrutura fixa é o básico de um armazém, as coisas que a maioria das pessoas pensa em primeiro lugar quando pensa em um armazém.

A saber, e classificadas por aparecimento histórico:

  1. Prateleiras porta Pallets;
  2. Esteiras;
  3. Empilhadeiras; e
  4. Veículos automatizados

E, embora novos componentes flexíveis de infraestrutura − como prateleiras móveis e robôs móveis autônomos (autonomous mobile robots, ou AMRs) − estejam encontrando compradores entusiasmados, cuja adoção está crescendo em número, eles ainda representam uma proporção relativamente pequena do mercado total de armazéns.

A esmagadora maioria dos armazéns que têm qualquer nível de mecanização ou de automação ainda usa as tecnologias anteriormente listadas, e talvez uma ou duas extras − principalmente as digitais, ou soluções orientadas por software, como os sistemas de gerenciamento de armazéns (Warehouse Management Systems, ou WMS), que se tornou a tecnologia padrão para a maioria das operações.

Muitas vezes, pensa-se que as instalações de infraestrutura fixa são adequadas para mercadorias de grande volume e movimentação rápida. E isso pode ser verdade, mas por quanto tempo essa percepção continuará a persistir ainda está para ser visto.

Mas também há um grande número de armazéns que não possuem qualquer automação. Na verdade, eles também podem não ter muita mecanização e, em grande parte, são operados por seres humanos.

Estudos de tempos e movimentos poderão muito bem ser feitos no devido tempo, comparando armazéns de infraestrutura fixa com armazéns flexíveis, e seria interessante ver como eles se comparam em termos de velocidade.

Por enquanto, quando um gerente de armazém desejar automatiza-lo, ele poderá escolher entre fixo ou flexível, ou uma combinação dos dois, o que torna o estabelecimento de um armazém muito mais interessante.

A infraestrutura flexível poderá não substituir a infraestrutura fixa em todos os armazéns, mas, pelo menos, oferecerá um método alternativo ao sistema tradicional, que existe há muito tempo.

Até anos recentes, a única maneira de configurar um armazém era ter prateleiras porta pallets ou estantes fixas para armazenar itens, e transportadores fixos para movimentá-los.

Em termos de hardware móvel, havia as empilhadeiras e os veículos automatizados (automated guided vehicles, ou AGVs), que também exigia trilhos magnéticos fixados no solo para permitir sua movimentação.

Esses são os principais componentes de um armazém tradicional, mas as novas tecnologias estão possibilitando o estabelecimento de instalações sem qualquer infraestrutura fixa.

Agora, um armazém poderá não conter qualquer infraestrutura fixa, mas também poderá ser, em grande parte, não tripulado, apenas com empilhadeiras autônomos e robôs móveis autônomos.

Os 3 tipos de automação de armazéns

1. Automação do sistema

Este é normalmente o aspecto dos sistemas de computação e inclui coisas como:

  • Networking
  • WMS
  • Dispositivos para leitura de códigos de barras
  • Dispositivos de RF (radiofrequência)
  • Sistemas pick-to-light

2. Automação mecanizada

Ela pode incluir coisas como:

  • Esteiras
  • Sistemas automatizados de armazenamento

Os sistemas de prateleiras ou estantes são essenciais para este método, e a maioria das infraestruturas tende a ser fixa. As exceções podem ser empilhadeiras e veículos automatizados.

Mas os AGVs também exigem que tiras magnéticas sejam fixadas no chão para permitir sua movimentação. Assim, os AGVs são principalmente mecânicos e considerados fundamentalmente diferentes dos robôs móveis autônomos, que navegam usando lasers e sensores e não requerem infraestrutura fixa.

3. Automação robótica

Sem entrar muito na semântica, existem diferentes tipos de robôs para depósitos, que incluem:

  • Robôs móveis autônomos
  • Empilhadeiras autônomas
  • Braços robóticos para picking
  • Robôs para paletização

Existem vários outros sistemas robóticos que já estão no mercado, ou que estão sendo desenvolvidos. Todavia, aqui a inovação principal não é necessariamente técnica − ela está no modelo de negócios.

Reconhecendo que a robótica pode ser cara, os fornecedores estão cada vez mais oferecendo seus sistemas em um pacote de “robótica como serviço”, que lhes permite alugar equipamentos, evitando grandes investimentos iniciais.

Se você quiser aprender mais sobre as estruturas flexível e fixa, entre em contato conosco aqui.

Fonte: Geek+